domingo, 19 de abril de 2009

Fisicoquimica


Eu me misturo com as cores do abstrato
Vôo, invento, nos sopros do luar
Cúmplice milenar!
Memória, nem que seja fotográfica...
... A História, pra mostrar ao vento.
Vitória! Entre erros e acertos
Vou vivendo todo dia, cada dia mais atento

Faço parte dessa grande e única vida
Dessa ideologia perdida, poluída!
Desfaço o concreto
Transformar, jornal e papelão...
... Lixo, pra poder morar!
Participar! Não precisa vencer
Porque perder é justo, quando justo não diz respeito a “você”

Mundo pra todos os que podem comprar
Vida pra viver quando não precisa trabalhar pra comer
Amor pra dar já que só se recebe de quem doar
Igualdade pra quem sabe ler porque só existe no dicionário

Sou parte disso tudo, desse mundo eloqüente
Parcela... Da desilusão... Da força de atrito!
Enxergo milhões de cores... Além dos monitores
Imprevisão, vulcão adormecido...
... Lava metal liquefazido!
Meu neologismo é lógico, não precisa de regras pra ser entendido

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Depois de amanhã


O "hoje" é o dia mais proximo do amanhã

E como deve ser o dia? 
Como viver o "hoje" sem chegar o amanhã?
E como chegar ao amanhã sem viver o dia de hoje?

Mas sem saber se hoje iria passar
Fiz de conta que nao vi
E se soubesse que passaria?
O que eu faria?

Sem acender a chama da esperança reggae
Eu pensava diferente de um simples homem louco
Questões da falta do saber 

Afinal, quem onde hoje vai viver?

Autor: Giulian Ito

terça-feira, 14 de abril de 2009


FREIHEIT

Vamos praticar um juízo mais correto
E não um impreciso, pré-moldado e discreto
Vamos usar vícios pra amargar a sociedade
Dizer que a culpa é dos ricos e boyzinhos da cidade
E não dos governantes que tomam decisões
Pra que prender os fortes, se os mais fracos são peões
Nesse jogo de xadrez, o rei não importa mais
Cadê a democracia? Foi deixada para trás
Junto com a filosofia, o pensamento e a liberdade
Mundo de agonia, medo e majestade
Trabalhar o ano inteiro, pagar 2/3 da metade
Isso só de impostos, fora a corrupção
O policial que vai embora com tantos contos na mão
Depois de extorquir aquele pobre cidadão
Um bêbado caído, sujo e corrompido
São recriminados os que são incumbidos
De lutar pelo mundo livre em terrenos divididos
Pelo simples fato de gritarem aos que lhes deram ouvidos
As vozes não se juntam a multidão não mais ecoa
Vamos tomar as avenidas, bater às portas das pessoas



Você e eu, soldado e rebelado
Respectivo a ti, midiático milico leitor
Intrusivo a mim, sedento cafeinado escritor
Obedece quem precisa, exerce quem domina
Respeito é um ditado, de professores de enganes
Enquanto alguém morre sentado, quieto, calado
Os amigos do governo comemoram com o diabo
Comendo muitos queijos e tomando vinhos requintados
Vamos usar câmeras escondidas na cidade
Derrubar os grandes e dividir com a sociedade
Repartir o pão como diz nas escrituras, acredite você ou não
Mas é uma ação pura
Pura e correta, simples e direta
Que pode fazer a diferença
Aqui na selva ou em Florença
Esqueça o nazismo, o mundo já se libertou
Mas saiu de uma prisão e se escravizou
Aos donos da televisão, que controlam a informação
A decisão é sua, assistir TV ou gritar nas ruas?

Vontade circense


Não é psicóloga, é terapeuta.
Não é calmante, é descongestionante mental.
Todos têm vontades diferentes
Um clube de xadrez, uma Lan-House, chocolate quente.
Um violão sem cordas, riscado de espinhos.
Um guarda-chuva molhado em uma tarde de Domingo
Entretenimento virtual, virtualidade estranhamente anormal.
Tem gente que quer, mas querer não é poder!
Gente que gosta, mas não gosta de dizer...

Não é esconder e sim privar
Não é prazer, é simplesmente amar.
Todos têm vontades diferentes
Um jogo de palavras, uma balada da boa ou queda livre, depende da pessoa.
Skate sem rodas, sombra sem dono, crianças no abandono.
Besouros se atirando contra a luz no fim do túnel
Mundo vivo real, realidade surpreendentemente vazia.
Sempre existe o que reclama, mas não ajuda em nada!
Existe quem goste de futebol, ou de mulher safada...

Há muito mais perguntas, do que queremos responder...
Muito mais corruptos do que queremos saber.
Sempre falta privacidade pra quem gosta de viver, o mundo é sempre mais bonito se quem vê não é você!

Um passo em falso, um deslize na corda bamba, a voz que vem do outro lado da linha.
É tão doce e incapaz, tão gentil e anormal, tão sincera e confusa...
Recolocação social.

Vamos celebrar, nós podemos escolher se hoje vai ser misto amanhã pode não ser!
Depende da vontade que cada um vai ter!

Alguém pode gostar de um lugar mais badalado
Mas alguém também vai gostar do silêncio, “sempre calado”!
Luzes, pessoas e Dj`s, bandas, chopp`s e freguês!
Árvores plantadas em meio ao campo aberto, cascas derrubadas pelo frio do inverno.
A chuva de verão de hoje à tarde, outrora tempestade!
Granizos eu descubro, podando rosas de cristal, cada espinho dói de um jeito cada um é cada qual...

E de onde vêm as estrelas?


segunda-feira, 13 de abril de 2009

O reboque de metal


Ainda estamos aqui...
... Somos navegantes desse imenso oceano virtual
Não sabemos quando será a próxima onda, entre nuvens e estrelas navegando!
Códigos e fontes espalhados por aí, ondas que se quebram, vidas que se cruzam...

Quem dera ainda fossemos surfistas deste mundo, construtores de maquetes e “matrix”...
Sob as ondas da comunicação, lavagem cerebral, observação. Vem das mentes mais profundas, profanas, programáveis
E Ficamos sentados, olhando, parados e sem ação

Quem saberá dizer um dia?
Se os pássaros, a terra e a luz não são imaginações absorvida?
Clemência, prudência, incompetência das partes envolvidas, mascarados de “até logo”, paletós por ratos roídos

Crucificados por conceitos, medalhões de desespero racional
Seremos canibais enquanto outros vão comendo vegetal

Queremos as respostas!
Não havemos de suportar toda essa opressão sócio-mental, carnificina de escárnios, prostitutas, propagandas espalhados
Sim ou não? Difícil pergunta que é feita dia-a-dia o dia todo... Em passos apertados, apressados, compassados

E nos vão os olhos...
... Pores-do-sol de outonos que eles jamais verão, inferno
Princípio da frieza, olhos, calos e olheiras, cataclismo da nobreza
Pontes, quadros e até mesas, da vida uma foto, na mente incerteza!
Nas lentes do mundo refletida a ilusão, só assim, pra haver vida, esperança e condição.